sábado, 24 de março de 2012

Patinho Feio ... Cisne Bonito

O “Patinho Feio”
é um conto do escritor dinamarquês, Hans Christian Andersen e foi publicado
pela primeira vez em 11 de Novembro de 1843.

A história trata de um filhote de cisne que, inadvertidamente, é chocado no ninho de uma pata.

Por ser diferente dos seus irmãos, o pobrezinho é
perseguido, ofendido e maltratado por todos os patos e galinhas do terreiro.

Um dia, cansado de tanta humilhação, foge do ninho e
aventura-se fora do terreiro.
Durante a aventura ele pára em vários lugares,
mas é mal recebido em todos.

Ainda por cima, tem de aguentar o frio do Inverno.

No entanto, mal a Primavera chega, ele abre as asas e
olhando para o lago onde nadava, vê reflectido um lindo cisne e, embora não
sabendo bem como reagir, vê-se reconhecido, apreciado e acarinhado por todos e
aclamado o mais belo de todos os cisnes.


Hans Christian Andersen
escritor dinamarquês

sexta-feira, 23 de março de 2012

segunda-feira, 19 de março de 2012

Procuro-te

PROCURO UM TRABALHO PARA REPRESENTAR ESTE POEMA

ACEITAM-SE SUGESTÕES.......ESCREVAM NOS COMENTÁRIOS AS VOSSAS OPINIÕES

O que devo bordar?

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Procuro a ternura súbita,
os olhos ou o sol por nascer

do tamanho do mundo,
o sangue que nenhuma espada
viu,
o ar onde a respiração é
doce,
um pássaro no bosque
com a forma de um
grito de alegria.

Oh, a carícia da terra,
a juventude suspensa,
a fugidia voz da água
entre o azul
do prado e de um
corpo estendido.

Procuro-te: fruto ou nuvem ou música.
Chamo por ti, e o teu
nome ilumina
as coisas mais
simples:
o pão e a água,
a cama e a mesa,
os pequenos e dóceis
animais,
onde também quero que
chegue
o meu canto e a manhã
de Maio.

Um pássaro e um navio são a mesma coisa
quando te procuro de
rosto cravado na luz.
Eu sei que há
diferenças,
mas não quando se
ama,
não quando apertamos
contra o peito
uma flor ávida de
orvalho.

Ter só dedos e dentes é muito triste:
dedos para amortalhar
crianças,
dentes para roer a
solidão,
enquanto o verão
pinta de azul o céu
e o mar é devassado
pelas estrelas.

Porém eu procuro-te.
Antes que a morte se
aproxime, procuro-te.
Nas ruas, nos barcos,
na cama,
com amor, com ódio,
ao sol, à chuva,
de noite, de dia,
triste, alegre - procuro-te.

"As Palavras Interditas"
Eugénio de Andrade

Olhos Negros






















Olhos Negros
Por teus olhos negros, negros,
Trago eu negro o coração,
De tanto perdir-lhes amores.....
E eles a dizer que não.
E mais não quero outros olhos,
Negros, negros como são
Que os azuis dão muita esp'rança
Mas fiar-me eu neles, não.
Só negros, negros os quero,
Que, em lhes chegando a paixão,
Se um dia disserem sim.....
Nunca mais dizem que não.
Almeida Garrett, Flores sem Fruto




sábado, 17 de março de 2012

Coração gasto


Tenho o coração gasto, dói-me.
É um músculo velho.
Sentindo que me dói, cansado, vem-me a consciência
triste,desprendida, de que já vivi muito,
muito tempo.
Para nada embora.
Mal do corpo, mal do espírito...
Jamais a suficiência de uns.
Jamais a audácia de outros.
Jamais a tranquilidade.

Irene Lisboa, Obras de Irene, Vol.I

sexta-feira, 16 de março de 2012

Se eu te der um beijo





Cada beijo
"Como se cada beijo,
fora de despedida,
Minha Cloe, beijemo-nos, amando.
Talvez que já nos toque
No ombro, na mão, que chama
à barca que não vem senão vazia;
e que no mesmo feixe
Ata o que mútuos fomos
E a alheia soma universal da vida
Ricardo Reis
(heterónimo de Fernando Pessoa)

Bai carta



"Amar é doar-se"
Fernão Capelo Gaivota
Richard Bach

quinta-feira, 15 de março de 2012

Buando




Encontro

Não te busquei, não te pedi: vieste,
E desde que eu nasci houve mil coisas
que a meus olhos se deram com igual
simplicidade: o Sol, a manhã de hoje,
essa flor que é tão grácil que a não quero,
o milagre das fontes pelo Estio...
Vieste (o Sol veio também, a flor,
a manhã de hoje, as águas...). Alegria,
mas calada alegria, mas serena,
entendimento puro, natural
encontro, natural como a chegada
do Sol, da flor, das águas, da manhã
de ti, que eu não buscara nem pedira

E o amor? E o amor? E o amor?
- Vieste

Sebastião da Gama
Campo Aberto

Menina






Menina

Menina de olhar sereno

Raiando pela manhã

de seio duro e pequeno

num coletinho de lã

Menina cheirando a feno

casado com hortelã

Menina que no caminho

vais pisando formusura

levas nos olhos um ninho

todo em penas de ternura

Menina de andar de linho

com um ribeiro à cintura




Menina de saia aos folhos

quem te vê fica lavado

água da sede dos olhos

pão que não foi amassado

Menina do riso aos molhos

minha seiva de pinheiro

menina de saia aos folhos

alfazema sem canteiro

Menina de corpo inteiro

com tranças de madrugada

que se levanta primeiro

do que a terra alvoraçada

Menina de fato novo

Avé-Maria da terra

rosa brava rosa povo

brisa do alto da serra

José Carlos Ary dos Santos

As palavras das cantigas

cantada pela Tonicha

terça-feira, 13 de março de 2012

As mãos

As mãos

Com mãos se faz a paz se faz a guerra
Com mãos tudo se faz e desfaz
Com mãos se faz o poema e são de terra
Com mãos se faz a guerra e são a paz

Com mãos se rasga o mar com mãos se lavra
Não são de pedra estas casas mas de mãos
e estão no fruto e na palavra
as mãos que são o canto e são as armas


E cravam-se no tempo como farpas
As mãos que vês nas coisas transformadas
Folhas que vão no vento, verdes harpas


De mãos é cada flor, cada cidade
Ninguém pode vencer estas espadas
Nas tuas mãos começa a liberdade


Manuel Alegre
O Nosso Amargo Cancioneiro
Livr.Paisagem Ed.


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Estas são as minhas mãos...

As mãos que tomam a liberdade de bordar...

De bordar escolhendo cores e texturas...

Texturas que dão dimensão à criação...

À criação de bordar a paz, o amor, o poema...

Estas são as minhas mãos....
escrito por Patrícia Ribeiro

domingo, 11 de março de 2012

Olha a Gi

Girafa - Português

Girafe - Francês

Jirafa - Espanhol

Giraffa - Italiano

Giraffe - Inglês, Alemão, Norueguês, Sueco

Giraf - Dinamarquês

Kirahvi - Finlandês

Gírafa - Islandês

Zirafa - Polaco

Zürafa - Turco

καμηλοπάρδαλη - Grego

жираф - Ucraniano

жираф - Russo

キリン - Japonês

長頸鹿 - Chinês

زرافة - Árabe

Traduções efectuadas através do "Google Translator"


Corações da Gi....rafa


Estes são os corações da Gi...........rafa.

Mas, onde está a Gi???

- Giiii......ohhhh Giiiiii???

- Onde estás?

- Giiiiiiiiiiiii

O coelho imaginado



O coelho da Páscoa

Os coelhos da Páscoa não existem!

Pelo menos é o que muita gente pensa. E dizem:

— Um coelho é um coelho, quer esteja na coelheira ou no campo. E não põe ovos. Então como é que podia trazê-los pela Páscoa?

Além do mais, um coelho não consegue abrir uma porta ou saltar uma vedação. E onde é que ia arranjar um cesto para pôr os ovos, se mesmo assim os tivesse?

Ainda por cima, todos os coelhos têm medo dos homens! É triste, mas é assim!

Contudo, seria maravilhoso se imaginasses um coelho da Páscoa só teu.

Ora aqui está ele! Tem mais ou menos a tua altura e umas belas orelhas compridas.

Já está vestido com um fato de todas as cores e traz às costas um cestinho com todas as tuas prendas.

Vem a tua casa! Atravessa prados, bosques e salta por cima de todos os ribeiros. Oh! Olha uma raposa a tentar apanhá-lo!

Mas o coelho não tem medo nenhum.

— Sou o coelho da Páscoa — diz ele calmamente.

— Oh, as minhas desculpas! — responde-lhe a raposa.

O teu coelhinho chega a uma cidadezinha. Vem um cão a ladrar com toda a força, mas quando vê que é o coelho da Páscoa, abana a cauda alegremente.

O coelho da Páscoa passa por cima das sebes, atravessa jardins e chega finalmente à soleira da tua porta.

Mete a ponta de uma das suas longas orelhas na fechadura e roda-a muito devagarinho e com muito cuidado. E pronto, a porta abre-se.

Está agora a esconder os ovos e muitas outras coisinhas que trouxe. E quando tu acordares no domingo de Páscoa e encontrares os ovos, vais ter a certeza de que… foi o teu coelho da Páscoa que trouxe tudo!

Ele fez toda esta longa viagem por tua causa. E é o coelho da Páscoa mais bonito do mundo porque foste só tu que o imaginou!

Tradução e adaptação

Winfred Wolf
Le Lapin de Pâques
Paris, Casterman, 1987

sexta-feira, 9 de março de 2012

Meu Manel vai pró Brasil






Como jurei,
Com verdade o amor que senti
Quantas noites em claro passei
A escrever para ti
Cartas banais
Que eram toda a razão do meu ser
Cartas grandes, extensas, iguais
Ao meu grande sofrer

Cartas de amor
Quem as não tem
Cartas de amor
Pedaços de dor
Sentidas de alguém

Cartas de amor, andorinhas
Que num vai e vem, levam bem
Saudades minhas
Cartas de amor, quem as não tem

Porém de ti
Nem sequer uma carta de amor
Uma carta vulgar recebi
Pra acalmar minha dor
Mas mesmo assim
Eu para ti não deixei de escrever
Pois bem sabes que tu para mim
És todo o meu viver
Cartas de amor
Quem as não tem


Cartas de amor
Pedaços de dor
Sentidas de alguém
Cartas de amor, andorinhas
Que num vai e vem, levam bem
Saudades minhas
Cartas de amor, quem as não tem.

Cantada por Tony de Matos

Bordeaux e Cinza



“Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é.
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem por que ama, nem o que é amar...”

Alberto Caeiro
(heterónimo de Fernando Pessoa)

Blusa florida

Uma blusa para a ...............




Um pormenor da ramo florido



Um pormenor da manga da blusa




REFLEXOS

Olho-te pelo reflexo
Do vidro
E o coração da noite

E o meu desejo de ti
São lágrimas por dentro,
Tão doídas e fundas
Que se não fosse:

o tempo de viver;
e a gente em social desencontrado;
e se tivesse a força;
e a janela ao meu lado
fosse alta e oportuna,

invadia de amor o teu reflexo
e em estilhaços de vidro
mergulhava em ti.

Ana Luísa Amaral
In Anos 90 e Agora
Quasi Edições




Dou ais...o que queres mais?



Há uma falha neste lençinho...

Alguém consegue detectá-la?

Eu consegui e vou já rectificar.

Mandem, através de "comentário", a vossa sugestão....fico a aguardar :)




quarta-feira, 7 de março de 2012

Dois corações


O Direito





O Avesso




Este lencinho ainda está em fase de execução.
Penso terminá-lo este fim de semana.

Como não está pronto, não tem direito a poema/história....ou será que tem?? Querem??

Então, aqui vai:

Quando me quer enganar


Quando me quer enganar
A minha bela perjura,
Pera mais me confirmar
O que quer certificar,
Pelos seus olhos mo jura.
Como meu contentamento
Todo se rege por eles,
Imagina o pensamento
Que se faz agravo a eles
Não crer tão grão juramento.

Porém, como em casos tais
Ando já visto e corrente,
Sem outros certos sinais,
Quanto me ela jura mais,
Tanto mais cuido que mente.
Então, vendo-lhe ofender
Uns tais olhos como aqueles,
Deixo-me antes tudo crer,
Só pela não constranger
A jurar falso por eles.

Luís Vaz de Camões (1524-1580)

Amor serei lial



Olhóóóóóóóóóó o lençiíiiiinho,


(leia-se com a entoação do pregão:
"É frutócholate, olhó gelado")

segunda-feira, 5 de março de 2012

Doidas doidas


Doidas, doidas, doidas
andam as galinhas
para pôr o ovo lá no buraquinho
raspam, raspam, raspam
p'ralisar a terra
pica, picam, picam
p'ra fazer o ninho
&&&
Arrebita a crista
o galo vaidoso
có-có-ró-có-có
feito refilão
e todo emproado
com ar majestoso
é o comandante deste batalhão.
Canção popular infantil

Mãe-Galinha



Teste da Mãe-Galinha

1 - O seu filho/a chega a casa com o olho negro...
a) vai imediatamente falar com a professora
b) telefona de imediato aos pais da outra criança
c) que chatice, voltou a andar à pancada

2 - O seu filho/a está com febre...
a)liga de imediato ao médico para que venha a casa
b)observa a evolução e espera alguns dias
c) pede ao seu marido que veja o que se passa de anormal

3 - Ao passear com o seu filho/a no Centro Comercial, este faz uma tremenda birra porque quer chocolates...
a) Dá-lhe imediatamente o chocolate, fazendo-lhe a vontade
b) repreende-o e diz-lhe que não e não cede mesmo
c)Tenta não fazer a vontade mas dado toda a gente estar a olhar, decide dá-lo para o calar

4 - São 16.35h e o seu filho/a que deveria ter chegado da escola às 16.30h, ainda não chegou
a) às 16.37h telefona para a escola e às 16.39h liga para a esquadra
b) não se preocupa logo pois pensa que deve ter ficado a jogar com os amigos
c) espera até anoitecer e só ness altura se começa a preocupar

5 - As opiniões do pai são:
a) importantes. Confio nele
b)fundamentais. Ele é que toma todas as decisões
c) valem o que valem. Ai dele que tome alguma decisão sem me dar conhecimento

E agora, és uma mãe-galinha?

Teste sem qualquer solução, apresenta-se incompleto...simplesmente reflicta

Tuuu tuuuu....pouca terra....pouca terra...tuuuu tuuuu


Lá vai o comboio, lá vai,
lá vai ele a assobiar,
lá vai o meu lindo amor,
para a vida militar.

Para a vida militar,
para aquela triste vida,
lá vai o comboio, lá vai,
leva pressa na partida.

http:alfarrabio.di.uminho.pt/cancioneiro/html/219.html

Babete zoo




O Leão e o Rato

Sentindo-se ensonado, um leão deitou-se à sombra duma árvore a descansar, quando um rato lhe trepou para cima e o acordou. Soltando um rugido, o leão bateu com a pata no rato e estava quase a matá-lo, quando a pequena criatura lhe disse: "Por favor, não me mates! Não é digno de uma criatura tão nobre como tu destruir um rato tão pequeno e insignificante como eu." Apiedando-se, o leão deixou fugir o rato. Passado algum tempo, durante uma caçada, o leão caiu numa armadilha e soltou um grande rugido. O rato ouviu o leão e correu em seu auxílio dizendo: "Não tenhas medo, eu sou teu amigo!" E, sem dizer mais nada, roeu as malhas da rede e em breve o leão estava solto.

Esopo, Fábulas, As Cem Mais Famosas Fábulas de Esopo
Os amigos do leão (o hipopotamo e a girafa) vieram cumprimentá-lo

Leveza





Leve é o pássaro e a sua sombra voante,
mais leve.
E a cascata aérea da sua garganta,
mais leve.
E o que se lembra, ouvindo-se deslizar seu canto,
mais leve.
E o desejo rápido desse mais antigo instante,
mais leve.
E a fuga invisíveldo amargo passante,
mais leve.
Cecília Meireles, poetisa brasileira, 1901-1964

domingo, 4 de março de 2012

Curação - Coração





O meu curação e o teu sempre juntos onde andar





Bordavava-se como se escrevia.............Aqui reside uma das belezas dos Lenços dos Namorados, de Vila Verde (Norte de Portugal)

Poema ao Amor












Este é o poema do amor.

O poema que o poeta propositadamente escreveu
só para falar de amor,
de amor,
de amor,
de amor,
para repetir muitas vezes amor,
amor,
amor,
amor.
Para que um dia, quando o Cérebro Electrónico
contar as palavras que o poeta escreveu,
tantos que,
tantos se,
tantos lhe,
tantos tu,
tantos ela,
tantos eu,
conclua que a palavra que o poeta mais vezes
escreveu
foi amor,
amor,
amor.

Este é o poema do amor.

António Gedeão

Flores ao Vento - II









Olhai como crescem os lírios do campo, não trabalham nem fiam
Sermão da Montanha, Jesus Cristo