segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Azevinho

 
Ponho a mesa de azevinho
Maria José Praça (N.126080 da SPA)
.....
.....
.....
......
 
Ponho a mesa d'azevinho
Com palhas de fios de lã
Com chaminés de poemas
Soltos em grãos de romã
.....
.....
.....
.....

domingo, 30 de dezembro de 2012

Pai Natal - 2


 
 É Natal, é Natal

Pai Natal
Irá trazer
Brinquedinhos para nós
Para a Zeca uma boneca
Para o Zito um apito
Uma bola para brincar
É o que quer o Baltazar.

Pai Natal - 1

É Natal, é Natal
 

É Natal, é Natal
Tudo bate o pé
Vamos pôr o sapatinho
Lá na chaminé
Olha o Pai Natal, de barbas branquinhas
Traz o saco cheio, cheio de prendinhas


Morangos e Joaninhas

 
 
Joaninha voa voa
 
Joaninha voa voa
Que o teu pai está em Lisboa
A tua mãe no Moinho
A comer paõ com toucinho

Joaninha voa voa
Que o teu pai está em Lisboa
Com um rabinho de sardinha
Para comer, que mais não tinha

 
 
 

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

As letrinhas




A menina queria fazer palavrinhas com a sopa de letrinhas.
Remexia, daqui, dali e nada se formava....
- Mamãe, quero fazer palavrinhas.
- Minha filha, a sopa é para comer, não para escrever.
- Mas mamãe, se eu comer as letrinhas, o alfabeto vai sumir...
- Que nada, Bia! As letras estão por toda a parte.....as letrinhas da sopa são só para distrair criançinhas pequenas como você...
- Ah! mas uma coisa eu vou fazer!
- O quê, filha?
- Vou comer toda a sopinha e fazer na minha barriga uma historinha.

- Ai, quanta coisa você inventa, Bia!
Foi para a escola, como fazia sempre, mas, quando a professora perguntou quem queria contar alguma coisa nova ou interessante, ela não pestanejou, levantou seu bracinho pequenino e disse:
- Eu, tia, eu!
- E o que tem para contar, Bia?
- Hoje eu comi o alfabeto todo e me enchi de sabedoria!!!
Fátima Abreu



::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::

R - Rita (filha querida)
 
 

P - Patrícia (mãe babada)
 
 

A - Ana (colega de faculdade da Rita)
 
 

M - Margarida (colega de faculdade da Rita)
 
 

sábado, 22 de dezembro de 2012

Arabescos


 
Bordado a Ponto de Grilhão
 
Desenho retirado de uma revista de 1950



À bem-amada
 

Minha alma quer-te



Ainda que haja nisso tortura

E sigo-te na ânsia da procura.

Que estranho ser difícil nossa ligação

Se os desejos ambos concordam!

Que quereria mais meu coração

Quando amargurado te buscou em vão

E meus olhos te viram e amaram?

Allah bem sabe que não há razão

De vir aqui senão para te encontrar

Como desejo que o vigia não esteja

Em nosso encontro

Para os teus lábios doces eu provar

Para folgar no jardim da tua face

Para beber do copo de langor

Que teus olhos oferece.



::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::
Poema de Amor - Árabe

Poeta - Ibn`Ammâr
:::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::

poema retirados do livro Itinerários da poesia - poetas árabes no Gharb al-Ândalus, de Mostafa Zekri)

Ibn`Ammâr nasceu em Silves e foi um ilustre poeta e governador dessa cidade. Morreu em 1084.

 
::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::

 

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Para os meus filhos: Rita e Nuno

Vinte anos

José Cid

:::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::

Há muito muito tempo, eras tu uma criança
Que brincava no bailoço e ao pião
Tinhas tranças pretas e caçavas borboletas
Como quem corria atrás de uma ilusão


 
 
Há muito, muito tempo era eu outra criança
Que te amava ternamente sem saber
Vinhamos da escola e oferecia-te uma flor
Que tu punhas no cabelo a sorrir



Vem viver a vida amor
Que o tempo que passou não volta não
Sonhos que o tempo apagou
Mas para nós ficou esta canção



Vinte anos mais tarde, encontrei-te por acaso
Numa rua da cidade onde moravas
Ficamos parados e olhamo-nos sorrindo
Como quem se vê ao espelho pela manhã


Dei-te o meu telefone, convidei-te pra jantar
Adoraste ver a minha colecção
Pelo tempo fora continuamos unidos
E cantamos tanta vez esta canção




Vem viver a vida amor
Que o tempo que passou não volta, não
Sonhos que o tempo apagou
Mas para nós ficou esta canção


Daqui a vinte anos, quando tu já fores velhinha
Talvez eu já não exista pra te ver
Ficas à lareira a fazer a tua renda
Mas que importa se recordar é viver



Há muito, muito tempo, tu e eu duas crianças
Que brincavam num baloiço e ao pião
Vínhamos da escola e oferecia-te uma flor
Que desponta agora no teu coração

 
 
Vem viver a vida amor
Que o tempo que passou, não volta, não.
Sonhos que o tempo apagou
Mas para nós ficou, esta canção

La la la...
 


.........
 
Adoro-vos Ritinha e Nuninho
 
Amo-vos ternamente
 
Vocês são os meus sonhos
 
A minha razão de viver
...
 
Daqui a vinte anos, quando eu já for velhinha
 
Ou talvez já nem viva
 
estejam vocês onde estiverem
 
recordem-me com alegria
...
 
porque
 
Recordar é Viver
 
 Patrícia Ribeiro (mãe babada)
 
 
 
 
 
 

domingo, 2 de dezembro de 2012

Saquinho de Nozes

 
 Nozes, Avelãs, Castanhas, ...
 

Receita de Bolo de Noz
 
Ingredientes:
 
250 g de miolo de noz (mais algumas para decorar);
250 g de açúcar;
2 colheres de sopa de farinha;
8 ovos.
 
 
Depois de pronto, pode rechear-se com um creme de ovos.
 
Fica delicioso :)) 

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Saquinho de Cheiro

As dádivas feitas com carinho, duplicam o seu valor
Provérbio Hindu
 
 
 
Este saquinho de cheiro vai ser oferecido, hoje, a alguém que com carinho me tem ofertado alguns materiais que preciso para os meus bordados.
 
OBRIGADA LAURA
 
 Espero que goste
 
 
 
As dádivas feitas com carinho, duplicam o seu valor
Provérbio Hindu

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Verdes são os campos

 
Um avental para mim
 


Poema de: Luís Vaz de Camões
 
Música de: Zeca Afonso


:::::::::::::::::::::::::::::::
 
Verdes são os campos,
De cor de limão:
Assim são os olhos
Do meu coração.

Campo, que te estendes
Com verdura bela;
Ovelhas, que nela
Vosso pasto tendes,
De ervas vos mantendes
Que traz o Verão,
E eu das lembranças
Do meu coração.

Gados que pasceis
Com contentamento,
Vosso mantimento
Não no entendereis;
Isso que comeis
Não são ervas, não:
São graças dos olhos
Do meu coração.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Blusa Branca ... Poesia Branca

Blusa branca bordada com os seguintes pontos:

a) Ponto Pé de Flor

b) Ponto Cheio

c) Ponto de Recorte

d) Ponto de Grilhão

e) Ponto de Cadeia


 
Poesia Branca
 
Poesia é uma composição poética feita em versos e pode ser dividida em Poema, Poesia Branca e Poesia Livre.
 
Poema é uma poesia com rima nos versos.
 
Poesia Branca é um poema sem rima, mas com métrica silábica (o número de sílabas do primeiro verso deve, obrigatoriamente, ser repetido nos demais versos do poema).
 
Há, ainda, a Poesia Livre que não chega a ser uma prosa poética por ter versos mais curtos. E não chega a ser um poema ou uma poesia branca por não prender-se à rima ou métrica silábica.
 
 
 

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Caixinha para a minha filha




Caixinhas com sorrisos
 
Caixinhas com amor
 
Caixinhas com paz
 
Caixinhas com ternura
 
Caixinhas recheadas de beijinhos
 
Caixinhas repletas de abraços
 
Caixinhas com coragem
 
Caixinhas com conselhos
 
Caixinhas com miminhos
 
Caixinhas com esperança
 
Caixinhas com cores
 
Caixinhas perfumadas
 
Caixinhas, caixinhas,
 
Caixinhas, minha filha, para guardares o que te dou
 
escrito por Patrícia Ribeiro

domingo, 18 de novembro de 2012

Folhas caídas

 
 
Folhas Caídas
 

Folhas Caídas é uma colectânea de poesias escritas por Almeida Garrett, em 1853, um ano antes da morte do escritor.
 
::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::
 
Não te Amo

Não te amo, quero-te: o amar vem d’alma.
E eu n’alma - tenho a calma,
A calma - do jazigo.
Ai! não te amo, não.

Não te amo, quero-te: o amor é vida.
E a vida - nem sentida
A trago eu já comigo.
Ai, não te amo, não!

Ai! não te amo, não; e só te quero
De um querer bruto e fero
Que o sangue me devora,
Não chega ao coração.

Não te amo. És bela; e eu não te amo, ó bela.
Quem ama a aziaga estrela
Que lhe luz na má hora
Da sua perdição?

E quero-te, e não te amo, que é forçado,
De mau, feitiço azado
Este indigno furor.
Mas oh! não te amo, não.

E infame sou, porque te quero; e tanto
Que de mim tenho espanto,
De ti medo e terror...
Mas amar!... não te amo, não.


quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Queimadura

Devido a uma queimadura de 2º grau na minha mão direita, estarei sem poder bordar durante algum tempo.

Inicialmente seriam 2 meses mas como estou a recuperar bem talvez daqui a 1 mês já consiga.

.....................................

Muita água fria, muita água gelada, Ben-U-Ron, Caladryl Ice e Biafine (pomada milagrosa)

....................................

Tive a mão mais de 6 horas dentro de água e aquele calor, aquele "fritar" por dentro parecia que não passava mas passou e agora, é colocar Caladryl gel para refrescar, Biafine para tratar e Ben-u-Ron no incío para combater as dores.

Estou a melhorar batante :)

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Ratinho


Não vou dizer
 
O que vai acontecer
 
Quando acontecer
 
Você vai saber
 
 
 
Gabriella Marangoni Cisotti



domingo, 21 de outubro de 2012

A Casa

A CASA
 
Vinicius de Moraes
 


Era uma casa muito engraçada

Não tinha teto, não tinha nada
.
 
Ninguém podia entrar nela, não

Porque na casa não tinha chão
.

Ninguém podia dormir na rede

Porque na casa não tinha parede
.

Ninguém podia fazer pipi
 
Porque penico não tinha ali
.

Mas era feita com muito esmero
 
Na rua dos bobos, número zero
.
 
 
 
esta almofada ainda não está acabada....estou a aguardar mais retalhinhos para a poder acabar

sábado, 20 de outubro de 2012

Sunbonnet Sue e o namorado



Tenho uma boneca,
 
Assim, assim,
 
Veio de Paris,
 
P'ra mim, p'ra mim,
 
ela diz:
 
"Papá", "Mãmã"
 
também,
 
ela fecha os olhos
 
e nana bem
 
música infantil
Os Ninhos
 
Os passarinhos
Tão engraçados,

Fazem os ninhos
Com mil cuidados.

São p’ra os filhinhos
Que estão p’ra ter
Que os passarinhos
Os vão fazer.
Nos bicos trazem
Coisas pequenas,
E os ninhos fazem
De musgo e penas.

Depois, lá têm
Os seus meninos,
Tão pequeninos
Ao pé da mãe.

Nunca se faça
Mal a um ninho,
À linda graça
De um passarinho!
Que nos lembremos
Sempre também
Do pai que temos,
Da nossa mãe!
(Afonso Lopes Vieira)
 
 

 




 

 

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Patchwork - infantil - 1


Amor com Amor se paga
 
Assim fala o coração
 
Não queiras pagar Amor
 
Com ódio e ingratidão
 


Casa que não tem gato, tem ratos
 
Gato escaldado de água fria tem medo
 
Bem se lambe o gato, depois de farto
 
De noite todos os gatos são pardos
 
Gato gordo não apanha rato
 
Gato miador não é bom caçador
 
Quem não tem cão caça com gato


sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Bonequinho - Outro

Este bonequinho foi feito e oferecido ao João, filho da minha amiga Cristiana

 
 

De repente,
Ao lembrar dos brinquedos queridos,
Que ficaram esquecidos
Dentro do armário.
Me bate uma saudade,
Me bate uma vontade,
De voltar no tempo,
De voltar ao passado.
Mas nada acontece,
Nada parece acontecer,
E eu choro,
Choro como o bebê que fui,
E a criança, que quero voltar a ser.
Não quero crescer!
Clarice Pacheco

Bonequinhos

Relógio
 
“Passa tempo, tic-tac Tic-tac, passa, hora
 
Chega logo tic-tac Tic-tac, e vai-te embora
 
Passa, tempo
 
Bem depressa
 
Não atrasa
 
Não demora
 
Que já estou muito cansado
 
Já perdi
 
Toda a alegria
 
De fazer
 
Meu tic-tac
 
Dia e noite
 
Noite e dia
 
Tic-tac Tic-tac
 
Tic-tac.”
 
Poema Infantil de Vinicius de Moraes
 
 
 

 
 
A razão da escolha do poema teve a ver com o seguinte:
a) ser um poema infantil
b) ter sido feito ao som de um relógio "tic tac, tic tac, tic tac..."
c) os minutos começaram, as horas passaram e os bonecos tomaram vida