terça-feira, 2 de setembro de 2014

E porque hoje ....



"Não digas nada, dá-me só a mão.
Palavra de honra que não é preciso dizer nada, a mão chega.
Parece-te estranho que a mão chegue, não é?
Se calhar sou uma pessoa carente.
Se calhar nem sequer sou carente, sou só parvo"

António Lobo Antunes



segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Toalha de mãos - para mim

Quando olho para mim não me percebo

Quando olho para mim não me percebo
Tenho tanto a mania de sentir
Que me extravio às vezes ao sair
Das próprias sensações que eu recebo

O ar que respiro, este licor que bebo,
Pertencem ao meu modo de existir,
E eu nunca sei como hei-de concluir
As sensações que a meu pesar concebo

Nem nunca, propriamente reparei,
Se na verdade sinto o que sinto.Eu
Serei tal qual pareço em mim? Serei

Tal qual me julgo verdadeiramente?
Mesmo ante as sensações sou um pouco ateu
Nem sei bem se sou eu quem em mim sente

Álvaro de Campos, in "Poemas"
Heterónimo de Fernando Pessoa




sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Toalha de mãos - Tulipas



"O tempo é algo que não volta atrás, 
por isso, plante o seu jardim e decore a sua alma,
em vez de esperar que alguém lhe traga flores"

William Shakespeare

domingo, 22 de junho de 2014

Pulseiras de elásticos

E aqui está a minha primeira tentativa de fazer umas pulseiras de elásticos.

A primeira pessoa que me ensinou a fazer uma, uma bem simples, foi o Hugo Vieira :)
Obrigada Hugo!


Pulseira mais trabalhada com 4 flores de 5 pétalas cada


pulseira, simples


pulseira, simples


pulseira, simples














3 flores com 5 pétalas cada

terça-feira, 6 de maio de 2014

Bolsinha para ... o que se quiser


Se você é... 

Se você é um vencedor,
terá alguns falsos amigos
e alguns amigos verdadeiros.
Vença assim mesmo. 

Se você é honesto e franco,
as pessoas podem enganá-lo
Seja honesto e franco assim mesmo. 

O que você levou anos para construir
Alguém pode destruir de uma hora para outra.
Construa assim mesmo. 

Se você tem paz e é feliz,
As pessoas podem sentir inveja.
Seja feliz assim mesmo. 

Dê ao mundo o melhor de você,
mas isso pode nunca ser o bastante.
Dê o melhor de você assim mesmo. 

Veja você que, no final de tudo
Será você ... e Deus.

E não você ... e as pessoas!


Madre Teresa de Calcutá





domingo, 23 de março de 2014

Pulseira

Pulseira feita, a pedido do Nuno .. para a próxima fazemos outra, de forma diferente ;)



quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Estou cansada


Estou cansado

Estou cansado, é claro
Porque, a certa altura, a gente tem de estar cansado
De que estou cansado, não sei
De nada me serviria sabê-lo
Pois o cansaço fica na mesma
A ferida dói como dói
E não em função da causa que a produziu
Sim, estou cansado
E um pouco sorridente
De o cansaço ser só isto
Uma vontade de sono no corpo,
Um desejo de não pensar na alma, 
E por cima de tudo, uma transparência lúcida
Do entendimento retrospectivo...
E a luxúria única de não ter já esperanças?
Sou inteligente; eis tudo.
Tenho visto muito e entendido muito o que tenho visto,
E há um certo prazer até no cansaço que isto nos dá, 
Que afinal a cabeça sempre serve para qualquer coisa.

Álvaro de Campos, in "Poemas"
Heterónimo de Fernando Pessoa

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Anel


Canção: Desculpe o Auê
Cantor: Rita Lee

Xá! Xá! Uha! Uha!
Xá! Xalalá
Uha! Uha!...
Desculpe o Auê
Eu não queria magoar você
Foi ciúme sim
Fiz greve de fome
Guerrilhas, motins
Perdi a cabeça
Esqueça!
Ai! Ai! Ai! Ai!
Oh! No!...
Desculpe o Auê
Eu não queria magoar você
Foi ciúme sim
Fiz greve de fome
Guerrilhas, motins
Perdi a cabeça
Esqueça!
Ah! Aaaaah!...
Da próxima vez eu me mando
Que se dane meu jeito inseguro
Nosso amor vale tanto
Por você vou roubar
Os anéis de Saturno...
On! On!
Naná! Naná! Hiá
Ah! Ah! Ah! Ah! Ah!...(2x)
Xá! Xá! Uha! Uha!
Xá! Xalalá
Uha! Uha!...

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Blusa florida


Ah! quem nos dera que isto, como outrora, 
Inda nos comovesse! Ah! quem nos dera 
Que inda juntos pudéssemos agora 
Ver o desabrochar da primavera! 

Saíamos com os pássaros e a aurora. 
E, no chão, sobre os troncos cheios de hera, 
Sentavas-te sorrindo, de hora em hora: 
"Beijemo-nos! amemo-nos! espera!" 

E esse corpo de rosa recendia, 
E aos meus beijos de fogo palpitava, 
Alquebrado de amor e de cansaço. 

A alma da terra gorjeava e ria... 
Nascia a primavera... E eu te levava, 
Primavera de carne, pelo braço! 


Olavo Bilac, in "Poesias"





sábado, 15 de fevereiro de 2014

Terço - modelo 02 - variação 2


Pai Nosso, que estais no Céu,
Santificado seja o Vosso Nome
Venha a nós, o Vosso Reino
Seja feita a Vossa vontade
Assim na Terra como no Céu

O Pão-Nosso de cada dia, nos dai hoje
Perdoai-nos a nossas ofensas
Assim como nós perdoamos
A quem nos tenha ofendido

E não nos deixeis cair em tentação
Mas livrai-nos do mal
Amén

Terço - modelo 02 - variação 1


Avé, Maria, cheia de Graça
O Senhor é convosco
Bendita sois vós, entre as mulheres
E bem dito é o fruto do vosso ventre, Jesus

Santa Maria, mãe de Deus
Rogai por nós, pecadores,
Agora e na hora da nossa morte,
Amén

Terço - modelo 01 - variação 2


Anjo da Guarda
Minha companhia
Guarda a minha alma
De noite e de dia

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Terço - modelo 01 - variação 1

Porque pediu Nossa Senhora de Fátima que se rezasse o Terço, todos os dias?

13 de Maio de 1017

Portugal, Fátima



segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Palhacinho Dédé

Os três palhacinhos

Os três palhacinhos
cantando lá vão
pela estrada fora
até ao portão

E batem à porta
pois querem entrar
e sai de lá um cão
e põe-se a ladrar

ão, ão, faz o cão
miau, miau, faz o gato
piu, piu, faz o pardal
qua, qua, faz o pato

Os três palhacinhos
não querem fazer mal
só querem brincar
pois é Carnaval


Palhacinho Dédé



Palhacinho Dédé - que força é precisa para levantar os 2 corações?


quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Babete Passarinhos 01



Passarinhos a bailar,
mal acabam de nascer,
com o rabinho a dar, a dar
piu, piu, piu, piu,

É dia de festa,
baila sem parar,
vamos lá voar, tu e eu
sob o azul do céu e sobre o mar

Passarinhos a bailar,
mal acabam de nascer, 
com o rabinho, a dar, a dar
pi, piu, piu, piu


domingo, 19 de janeiro de 2014

Sabão de Barbear



POEMA DE UM HOMEM SÓ
António Gedeão

Sós,
irremediavelmente sós,
como um astro perdido que arrefece.
Todos passam por nós
e ninguém nos conhece.

Os que passam e os que ficam.
Todos se desconhecem.
Os astros nada explicam:
Arrefecem

Nesta envolvente solidão compacta,
quer se grite ou não se grite,
nenhum dar-se de outro se refracta,
nenhum ser nós se transmite.

Quem sente o meu sentimento
sou eu só, e mais ninguém.
Quem sofre o meu sofrimento
sou eu só, e mais ninguém.
Quem estremece este meu estremecimento
sou eu só, e mais ninguém.

Dão-se os lábios, dão-se os braços
dão-se os olhos, dão-se os dedos,
bocetas de mil segredos
dão-se em pasmados compassos;
dão-se as noites, e dão-se os dias,
dão-se aflitivas esmolas,
abrem-se e dão-se as corolas
breves das carnes macias;
dão-se os nervos, dá-se a vida,
dá-se o sangue gota a gota,
como uma braçada rota
dá-se tudo e nada fica.

Mas este íntimo secreto
que no silêncio concreto,
este oferecer-se de dentro
num esgotamento completo,
este ser-se sem disfarce,
virgem de mal e de bem,
este dar-se, este entregar-se,
descobrir-se, e desflorar-se,
é nosso de mais ninguém.



Sabão de Barbear - em frascos (definitivos)


Sabão de Barbear - ainda nos moldes