Leve é o pássaro e a sua sombra voante,
mais leve.
E a cascata aérea da sua garganta,
mais leve.
E o que se lembra, ouvindo-se deslizar seu canto,
mais leve.
E o desejo rápido desse mais antigo instante,
mais leve.
E a fuga invisíveldo amargo passante,
mais leve.
Cecília Meireles, poetisa brasileira, 1901-1964
Sem comentários:
Enviar um comentário